Quebra, parte, aperta, alivia, recomeça - a cabeça e o coração. Viver é montar um quebra-cabeça eterno a cada dia. E quando a gente se apaixona é como se trocassem o quebra-cabeça de 60 peças por um de 1.000. É que quando a gente ama montar a vida ganha um final mais prazeroso, mais bonito, mas mais complexo, desafiador, difícil e, por vezes, doloroso. Os afetos são um quebra-cabeça no qual você não pode controlar o jogo, no qual a presença de todas as peças não depende da sua vontade ou da sua habilidade. Formavam uma amizade linda, mas aquele amigo mudou, mudou de casa ou mudou de essência. Completavam a melhor mesa de almoço no domingo, só que o tempo daquele parente aqui acabou. Se encaixava em você como se feito sob medida, como se trouxesse tatuado na testa "amor da sua vida" e no peito "vou ficar para sempre", no entanto, não era, no entanto, não fica. E, sem instruções no verso de nenhuma embalagem, chegam também surpresas boas, do que parecia que nunca ia merecer um espaço, mas de repente se torna peça-chave, daquelas que vão ficar sempre juntas, não por uma cola de obrigação, mas por uma liga de vontade, de bem-estar, de escolha. Se passa a ser obrigação já não é mais amor, é só fazer para evitar cobrança e manter aquela relação-melhor-do-que-ficar-só. Amar e viver sem ter que administrar peças e quebrar a cabeça é só mito. Na vida real, você tira e coloca peças, pessoas, sentimentos, mudando sempre de posição, até encontrar o lugar certo ou menos incômodo para cada um deles (ou para você).
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